A que ponto isso tudo chegou?
Ela não pode sequer me acompanhar até em casa; sempre uma desculpa diferente, se bem me lembro. Que fui abandonada, é fato. Só tenho o que imploro ter.
Verdade que o amor perdoa, que o amor justifica, que ele move e por vezes até humilha. Mas não sou inquebrável, e a mágoa é uma névoa escura, e torna o amor meio turvo. Eu sei que isso passa, como todas as outras coisas passaram, espero com calma o tempo resolver tudo, mas dessa vez eu realmente tô de saco cheio de lutar. Algumas coisas se quebraram e bagunçaram dentro de mim, e vou organizar de maneira diferente dessa vez.
Não tem a ver com interesse. Mas quase sempre a gente ama, a gente luta, e simplesmente espera que isso tudo seja retribuído. Que seja correspondido. E não dá pra tentar levar contra o vento alguém que não quer se mover.
Não quero interferir, sei que não tem a ver comigo, e basicamente não tem que me agradar. Se tem que ser assim, que seja, mas de agora em diante fico parada. Nada de me mover em sua direção. Ou melhor, sigo em frente, te deixando onde você quer estar. Quem sabe um dia a gente ainda se encontre no mesmo ponto. E até lá tudo tenha se tornado nítido dentro de mim.
Sei que o amor prevalece sobre todas as situações e sobre todas as dificuldades, mas isso se relaciona com a maneira como duas pessoas enfrentam tudo juntas. E eu não vou me esforçar por isso sozinha. O amor está aqui. A paciência é que acabou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário