Meus dedos estão sujos de sangue e ele vem de gestos completamente conscientes: sei o que estou fazendo, só não consigo parar. Percorro a unha pelo couro cabeludo ferindo, rasgando, mas a dor parece um estranho conforto, uma distração; Eu separo com cuidado, mas nenhuma lógica, as cascas recém tiradas das feridas e "brinco" com elas até não sobrar mais nada. Não é divertido, talvez seja quase relaxante, se é que essa palavra poderia ser usada para o momento. Não estou pensando em nada específico, penso sobre o próprio ato, sobre o passado, sobre o presente, sobre eventos aleatórios. No momento exato em que alguma ferida se abre, sinto um misto de alívio e culpa. Dói, mas o sangue me fascina e me assusta ao mesmo tempo.
Eu quero parar, sei que quero, mas não dá porque alguma força estranhamente atraente me mantém tateando até não encontrar mais nada onde machucar.
Pensei que deveria dormir mas agora me dei conta que já se passaram 35 minutos desde então.
Nao há mais onde sangrar, eu paro.
Lavo as mãos e a dor se torna mais intensa junto com a culpa.
Procuro o que comer e tomo todos os remédios que preciso diariamente.
A cabeça lateja, mas não há nada de novo. Só espero dormir logo.
Eu quero parar, sei que quero, mas não dá porque alguma força estranhamente atraente me mantém tateando até não encontrar mais nada onde machucar.
Pensei que deveria dormir mas agora me dei conta que já se passaram 35 minutos desde então.
Nao há mais onde sangrar, eu paro.
Lavo as mãos e a dor se torna mais intensa junto com a culpa.
Procuro o que comer e tomo todos os remédios que preciso diariamente.
A cabeça lateja, mas não há nada de novo. Só espero dormir logo.
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