
Eu não sei explicar como essa sensação, até hoje, nunca diminuiu. Às vezes eu te olho no meio da noite e sinto tudo se agitar dentro de mim. Às vezes me lembro da sua insegurança e da sua timidez do começo e sinto que te amo ainda mais. E quando você suspira, ainda dormindo, e me abraça, eu sei que meu instinto não errou. Alguma coisa mudou naquela primeira noite. De certa maneira eu já sabia que precisava ser sua.
Confesso que foi a sua maturidade que fez do nosso relacionamento um laço contínuo e saudável. Meus sentimentos a flor da pele e toda a minha imaturidade poderiam ter estragado tudo, mesmo explodindo tanto amor dentro de mim. Mas você me ensinou muito sobre viver a dois. Com você tudo é paz. Na contramão de todos meus outros relacionamentos recheados de tormento, você me deu "a sorte de um amor tranquilo".
Eu ainda sinto vontade de me beliscar quando passeamos, só nós dois, e nos divertimos como se não houvesse mais nada de importante no mundo além dos nossos momentos. E ainda custo a acreditar quando te vejo interagindo com meus amigos, alegre, e nossas noites de bebedeira terminam em sorrisos esganiçados e gemidos sufocados, apenas. Sem lágrimas, sem brigas, sem o vazio existencial que sempre me acompanhava antes de você chegar.
Eu nunca me canso de você. Eu durmo todos os dias do seu lado, e todos os dias de manhã você me beija pra se despedir antes de sair. Eu nunca me canso dos abraços, dos beijos, dos carinhos, do sexo, dos sorrisos, das conversas. Não me canso de te admirar enquanto dorme tranquilo, e das vezes que passo a mão pela sua barba e você geme sonolento. É abismal a maneira como durmo melhor do seu lado, sentindo seu calor. E a maneira como acordo tranquila sentindo você.
Eu te amo tanto, moreno. Tanto, que as vezes dá medo.
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