Meu peito dói. Meu estômago queima.
Eu sei que não é de ninguém a culpa senão de mim mesma. Se eu me sinto só, é porque construí muros. Minha negatividade afasta qualquer pessoa. Se me sinto inútil, é porque me entrego a inércia de não fazer absolutamente nada pra mudar isso.
Nem sequer consigo mais me expressar com clareza. Me sinto descartada e inconveniente o tempo todo.
Depois de anos de tratamento eu sei bem que isso tem nome, mas ainda assim não consigo me livrar da culpa de não ser uma pessoa independente e autossuficiente. Eu sinto quando as pessoas me julgam, quando os olhares e as perguntas inconvenientes escondem acusações e críticas.
Continuo procrastinando todas as minhas obrigações e intensificando todas as sensações ruins dentro de mim. Me auto saboto. Navego nas paranoias que sei que são fruto do meu cérebro perturbado e confuso com a serotonina, mas continuo não conseguindo assimilar e me livrar da culpa. O choro vem, e dura horas. A apatia, os enjoos, a falta de apetite chegam junto e ainda assim nada disso parece ser um sintoma concreto pras outras pessoas. Acaba deixando de ser pra mim também. Me convenço, de novo, que a culpa é da minha preguiça ou da minha falta de maturidade. O estômago ainda dói. Eu nunca consegui enxergar um futuro, a ausência de sonhos me dá uma pancada quente nas costas. Eu sussurro pra mim mesma que basta esperar tudo terminar, mas a angústia é mais alta que meu pensamentos. Preciso de alguma coisa que me alivie, mas nada tem efeito, nada tem resposta. Me entupo de antidepressivos e tudo continua igual. Busco ajuda, busco compreensão, busco amor, mas já não consigo distinguir a realidade das minhas dependências emocionais. Paranoias. A carência é barulhenta no meu peito e me sinto totalmente abandonada.
Depressão, os médicos dizem. Mas nomear continua não resolvendo nada. Transtorno de Ansiedade. Transtorno do humor afetivo. Um monte de CID em um pedaço de papel, um monte de medicação na prateleira. E a desesperança no coração.
Eu quero chamar atenção, dizem. Quero mesmo. Quero tentar qualquer coisa. O desespero dói tanto que parece explodir, nem todo mundo entende isso.
Não tenho mais pra onde correr. Nada me parece bom e chamam de ingratidão, mas a verdade é que eu me sinto insuficiente, não o contrário. Sou insuficiente pra mim mesma, pros outros e pro mundo. E essa história não tem final feliz.
Eu sei que não é de ninguém a culpa senão de mim mesma. Se eu me sinto só, é porque construí muros. Minha negatividade afasta qualquer pessoa. Se me sinto inútil, é porque me entrego a inércia de não fazer absolutamente nada pra mudar isso.
Nem sequer consigo mais me expressar com clareza. Me sinto descartada e inconveniente o tempo todo.
Depois de anos de tratamento eu sei bem que isso tem nome, mas ainda assim não consigo me livrar da culpa de não ser uma pessoa independente e autossuficiente. Eu sinto quando as pessoas me julgam, quando os olhares e as perguntas inconvenientes escondem acusações e críticas.
Continuo procrastinando todas as minhas obrigações e intensificando todas as sensações ruins dentro de mim. Me auto saboto. Navego nas paranoias que sei que são fruto do meu cérebro perturbado e confuso com a serotonina, mas continuo não conseguindo assimilar e me livrar da culpa. O choro vem, e dura horas. A apatia, os enjoos, a falta de apetite chegam junto e ainda assim nada disso parece ser um sintoma concreto pras outras pessoas. Acaba deixando de ser pra mim também. Me convenço, de novo, que a culpa é da minha preguiça ou da minha falta de maturidade. O estômago ainda dói. Eu nunca consegui enxergar um futuro, a ausência de sonhos me dá uma pancada quente nas costas. Eu sussurro pra mim mesma que basta esperar tudo terminar, mas a angústia é mais alta que meu pensamentos. Preciso de alguma coisa que me alivie, mas nada tem efeito, nada tem resposta. Me entupo de antidepressivos e tudo continua igual. Busco ajuda, busco compreensão, busco amor, mas já não consigo distinguir a realidade das minhas dependências emocionais. Paranoias. A carência é barulhenta no meu peito e me sinto totalmente abandonada.
Depressão, os médicos dizem. Mas nomear continua não resolvendo nada. Transtorno de Ansiedade. Transtorno do humor afetivo. Um monte de CID em um pedaço de papel, um monte de medicação na prateleira. E a desesperança no coração.
Eu quero chamar atenção, dizem. Quero mesmo. Quero tentar qualquer coisa. O desespero dói tanto que parece explodir, nem todo mundo entende isso.
Não tenho mais pra onde correr. Nada me parece bom e chamam de ingratidão, mas a verdade é que eu me sinto insuficiente, não o contrário. Sou insuficiente pra mim mesma, pros outros e pro mundo. E essa história não tem final feliz.
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