Me sinto incomodada com a continuidade desses pesadelos. Essa fuga incansável de sei lá o quê. Mas hoje, tenho que admitir, isso tomou uma proporção um pouco mais nítida. O medo. O medo de perder pessoas especiais e que penso que hoje realmente lutariam por mim. E desse medo, nasceu o pesadelo de tê-los lutando contra. Nasceu os grandes portões e todas aquelas pessoas, que, por algum motivo, gostariam de fazer algo de ruim pra mim. É estranho que eu pudesse correr, mas sempre ser alcançada, que eu pudesse agredir, mas sempre ser controlada.
O incômodo dessa vez não foi exatamente o cansaço, mas a sensação de impotência. De não diferenciar, de não comover, de não ter nada que eu pudesse fazer. A impotência de olhar nos seus olhos e encontrar frieza. De ser apenas mais uma. Ter o meu desespero ignorado dói.
Essa fuga e essa luta estão começando a me deixar cansada. Ver você ali, do outro lado, me deixou um pouco assustada.
A frase desconexa que me despertou ficou martelando na minha cabeça. "O motivo disso tudo? É que te amar dói".
Até onde os pesadelos são retratos da realidade? Até onde são um sinal?
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