Depois de passar dias despersonalizada eu senti a visão turva se alinhando devagar depois que te abracei. Acho que meu gatilho é ficar sozinha, todas as crises parecem fazer um pouco mais de sentido pensando por esse lado.

Mas eu estava enganada quando achei que a despersonalização estava insuportável e fui precipitada quando quis que ela acabasse. Ela me mantinha dormente, num estado de transe, uma fuga. E agora que todas as camadas do meu cérebro parecem estar se realinhando a dor voltou. O desespero, a rejeição, todos os pensamentos negativos e persistentes de inutilidade batem forte no meu peito. A sensação de que não tenho nenhum tipo de valor e de que sou um peso me espanca. O choro tenta ultrapassar os olhos e me sinto caindo, caindo. Sentir dói.