Hoje quando entrei nas redes sociais me deparei com uma chuva de comentários sobre a data 12/12/12. Todos comentando sobre ser a última data de números iguais nos próximos anos. Eu me senti estranhamente roubada, invadida, minha loucura individual sendo tirada de mim. Sei que é um egoísmo doente, mas minha superstição íntima virou uma modinha, de repente, como se todos sempre tivessem se importado com isso. É algo extremamente sem sentido, mas EU me importei todos esses anos. EU passei 12 anos anotando em meus diários, sem interrupção, todas as datas iguais, que não tinham nenhum significado exato, mas provocavam sensações em mim; passei esses 12 anos descrevendo essas sensações.
EU tenho o direito de ficar triste por ser o final desse ciclo. E sim, eu estou estranhamente triste e vazia. ESSA LOUCURA É MINHA, tá legal?
Lembro claramente da caneta traçando o papel, da criança por trás dela com dedos rápidos e coração puro.

"Querido diário, hoje é o primeiro dia do ano. Hoje é dia 1 do mês 1 do ano de 2001. 01/01/01. Legal né? Agora vou poder anotar essas datas todo ano, até 12/12/12, que vai ser a última. Mas ainda tá muito longe, né? rsrs"

É, estava muito longe ainda, pequena criança, mas o tempo passa depressa e tudo vira apenas uma lembrança embaçada, páginas amareladas, mãos calejadas...
Só quero ficar em paz com meu luto e com a minha loucura.
12/12/12, pra nunca mais.
Fim de alguma coisa que ainda não sei o quê, mas que meu coração grita: "Vai fazer muita falta".

Percebi que haviam pequenas coisas perfeitas no meio dessa imperfeição toda que somos eu e você.
Percebi todas essas coisinhas tão naturalmente bonitas e cômodas que me mantêm aqui. Esse equilíbrio de soluções impróprias para problemas improváveis e ligações tão doces para um amor tão abatido.
As vezes é assim, no meio de tanto bombardeio eu vejo uma delicada flor que nasceu ali, no meio das crateras, e sinto vontade de regá-la; mas acabo sempre a matando de tanta água.
Então eu paro e observo. Assim, bem de vez em quando. Depois ela morre. E nasce de novo; mas sempre morre. E é estranho explicar como algo tão imperfeito como uma flor solitária que murcha frequentemente pode parecer tão bonito assim.
Eu percebi que aquela sua mania de pegar meu suco preferido antes mesmo que eu o peça me encanta. Percebi que a simplicidade de quando nos sentimos confortáveis um com o outro me enche de esperança.
E entendi que no meio de um jardim florido eu não poderia reparar tão bem a beleza frágil de uma única flor.
'E eu deveria parar de buscar sinais em tudo que vejo e ouço. Eu tenho me esforçado em ganhar a atenção dele, e uma esmola dessa atenção me faz perder o sono. Será que eu não enxergo que ele apenas se rendeu à minha inconveniência?
Tenho que parar de achar que uma mensagem qualquer traduza algum tipo de sentimento. É tão mecânico.
Mas é inevitável. Meu coração fica aos pulos, e a esperança reacende dentro de mim... Eu REALMENTE deveria parar de ser tão tola. Mas o amor é mesmo o mais tolo de todos os sentimentos.

(...)Não existe remédio. A insegurança é eterna. Quem tem certeza não ama mais(...)



(Carpinejar)

"[...] Mas nada tipo esses casais padrão de comédia romântica, a gente quase se mata e depois cuida um do outro, briga e se enche de carinho. Juntos, sempre juntos. [...] Não estraga nossa história. Continua aqui, comigo, pra gente brigar e fazer as pazes, pra só restar mais e mais carinho no fim de tudo, como sempre. Não sai do nosso roteiro, não muda de filme."


(Marcella Fernanda)

"(...)Deixei, talvez, porque você me faltou demais e pra preencher teus espaços precisei de mais que textos, músicas e saudade. Se alguém chegou, foi porque você deu espaço. Eu não soube distribuir as vírgulas, porque sou assim, saio atropelando tudo, sem pausa, errei. Ainda tenho moral porque não fiz nada por aventura, fiz por desamor. E quando se trata disso, pra todo erro há uma absolvição. Não sei você, mas eu me perdoei. E me basta, porque de alguma forma absurda e irônica, fui a maior lesada dessa história toda. Mas me perdoei.

(Marcella Fernanda)
Eu olhei pra foto e enxerguei toda a cena.
Você se deitando no banco e tapando o rosto pelo sol -e também por não querer ser fotografado-. Você se levantando e me dando um abraço, tirando uma foto do meu lado. Tanta gente em volta, e todo mundo sorria; eu também sorria, verdadeiramente. Você por perto, me levando pra casa, me dando um beijo no rosto e dizendo que me amava. Você e eu, a gente, eu me lembro claramente.
Eu olhei pr'aquela foto ali, do lado da dela. A foto que eu tirei, e ela nem sabe. A foto que conta histórias, que traz lembranças, que marca uma época; e estava ali, na vida dela. E o "a gente" agora não existe mais, esse "a gente" agora é você e ela.
Doeu. Mexeu na ferida que estava começando a estancar.
Eu continuei olhando pra foto pra ver se o tempo voltava, e as cenas continuaram passando na minha cabeça.
Aquela lembrança é minha, só minha, ela não tinha o direito de me roubar ela também.

Eita, mas olha só que teimosia. É muita vontade de me ferrar. E é isso mesmo que você quer, né coração? Me ferrar. Acelerando assim, teimoso, quando ele aparece. Me deixando toda assim, trêmula, quando ele chega perto. Você surtou ou quer me ver surtar, só pode.
Essa história tem que parar. Essa luta por atenção, essa procura muda, com os olhos, a cada vez que saio na rua. Não pode, não pode; entende! Não pode ligar pra ele, não pode viciar na voz. Não pode sonhar, não pode querer, não pode ficar pensando o dia todo no sorriso bobo que ele deu.
Você não vê o tamanho da tragédia que está causando? Eu não sei competir com você, coração, você manda ligar, eu ligo, você manda imaginar, eu deito e fico criando cenas de nós dois na minha cabeça até adormecer. Eu PRECISO parar. Quebrar o celular, esquecer o número, passar longe quando enxergar o vulto dele. Isso tem que ter um fim.


'Um gole profundo, seguido de uma forte ardência. Mais uma casa no tabuleiro, mais um copo na mesa. Ora, ora, quanto riso falso e quantas palavras superficiais. Distrai por um minuto, mas não apaga a dor do coração.


Eu estou com frio. Não que a temperatura do ambiente esteja realmente baixa, é que dentro de mim alguma coisa parece ter congelado... A única coisa quente são as lágrimas, que queimam meu rosto e escorrem pelo queixo incessantemente. Eu não estou legal. Não quero mais tentar fingir que está tudo bem se por dentro tudo está despedaçado.
As paredes estão rabiscadas com frases desconexas, a casa toda está uma bagunça, a cama está desfeita, tenho comido pouco e saído menos ainda. Frequentemente tenho faltado às aulas e esquecido compromissos. As portas estão trancadas, e não tenho vontade de fazer nada.
Vez em quando eu fingia um sorriso, fingia simpatia no final de semana, mas por dentro, tudo igual. Agora não sinto mais vontade de encarar as pessoas e tentar me manter de pé.
Meu estômago dói, a cabeça dói, e o coração também. Me sinto um pouco tonta, talvez seja culpa dos remédios para dormir que tomei aleatoriamente ontem, tentando me manter sedada ao menos por um tempo. Talvez eu esteja doente. Não importa.
Meus sentimentos se enrolam como serpentes famintas, famintas de mim, com sede do meu sossego.
O barulho da televisão ecoa pela sala, na tentativa de amenizar o silêncio que me agride. 
Eu preciso desabafar, preciso escrever, preciso gritar... Não suporto mais sufocar essa loucura dentro de mim.


'Se você quer a mulher dos sonhos... Durma! Porque eu sou real, de carne e osso, qualidades e defeitos. E se quiser estar ao meu lado tem que me aceitar e me respeitar.

'Eu simplesmente cansei de me importar com pessoas que não se importam comigo. Cansei de tentar amenizar as dores alheias quando ninguém sequer olha para as minhas.
Quando estive na pior, quando surtei, fiquei mal, adoeci, quem foi que bateu em minha porta e disse “oi, vim te ver”? A solidão. Quem dizia que se preocupava comigo sumiu quando eu deixei de sorrir. Nem uma ligação, nem uma desculpa mal contada.
Quando eu chorei ninguém me abraçou.
Quando eu terminei com meu namorado, não apareceu ninguém, olha só, N.I.N.G.U.É.M., pra me perguntar se eu precisava de alguma coisa, se estava bem, se queria companhia, se precisava conversar.
E tanta gente aí se dizendo minha “amiga” e tal... Quando ficou tudo bem aí apareceu gente até do quinto dos infernos pra me criticar.
Eu cansei, tá legal?
Cansei de me fazer de forte pra dar força pra quem eu amo, e ser deixada de lado quando a dor me consome.
Que se dane toda essa hipocrisia e essas máscaras mal pintadas.

Já me acostumei com o toque contínuo e agudo que vem do outro lado da linha. Ele nunca muda. Ele toca, toca, toca, e nunca sua voz. Me acostumei com o silêncio dessa casa. Com meu telefone mudo em cima da cama, o barulho monótono da televisão, o chiado do computador ligado, e nunca sua voz. Me acostumei com a mesmice de não ter você. Me acomodei aqui nesse canto, com a sua imagem na memória e a saudade apertada no coração; Já fiquei íntima desse vazio e tô até acostumada com essa vontade louca de não fazer mais nada.



Talvez não com tanta frequência quanto acreditasse naquela época, mas eu me lembro, às vezes, das nossas conversas, das nossas risadas, dos seus conselhos, das nossas loucuras. Me dá uma saudade nostálgica de uma amizade que parece ter exis
tido em um outro tempo.
Os anos trouxeram com eles novas pessoas, novos visuais, novos gostos e novas maneiras de enxergar o mundo. Mas não apagaram velhas memórias, velhas cartas, velhas histórias que a gente gostava de contar. Não apagaram os borrões apressados de cartas escritas em códigos, nem as fotos toscas escondidas do mundo.
Talvez tenha sido diferente de tudo o que a gente, ingenuamente, sonhou; talvez tenha sido melhor. A gente passou a sonhar menos e viver mais! A gente cresceu e enfrentou o mundo fora do muro da escola, fora do bairro de casa, fora dos estereótipos que a gente cercava na nossa mente.
Muitas pessoas entraram e saíram em nossas vidas, o coração expandiu os limites e guardou muito sentimento diferente. A cabeça cresceu, cresceu muito, porque passou a caber muito mais lembranças e experiências do que a gente achou que coubesse.
Hoje somos praticamente estranhas uma a outra, mas aqui no fundo existe uma parte de mim te desejando muito sucesso. Uma parte que às vezes ainda sente saudade de ser aquela criança tosca e de aparecer na sua casa no meio da tarde pra rir de qualquer bobagem.
 


Talvez eu até tenha me saído bem... Eu soltei uma risada sincera, me fiz de segura, e fingi sensatez. Eu sorri e disse que iria fazer você se apaixonar por mim. Não que isso vá acontecer, mas talvez eu tenha feito você acreditar. O assunto fluiu naturalmente, e por um minuto eu me senti normal, me senti bem. Eu escutei você rir como há tempos ele não ri pra mim. Sei que foi só um delírio, uma fuga da realidade, mas me fez bem. E talvez eu durma bem essa noite, como há tempos não dormia. Talvez você não se torne real, mas eu vou sonhar essa noite, só essa noite, que um dia ainda posso ser feliz de verdade.

Eu queria que as coisas parassem de parecer tão instáveis. Eu queria poder me sentir um pouco mais segura sobre qualquer coisa. Não me sinto muito bem sobre o mundo a minha volta.

Nunca dá certo porque infelizmente algumas coisas, pra se tornarem reais, devem ser sonhadas por duas pessoas, e eu vivi sozinha um sonho que inventei pra mim, enxerguei coisas irreais, acreditei em sentimentos inexistentes, esperei ao menos um pouco quando você não podia me dar nada. Nunca dá certo porque esse joguinho que a gente joga é tosco e sem sentido, e tudo o que acontece serve pra rechear seu ego e nunca seu coração. Nunca dá certo porque não era pra ser, essa história não foi feita pra acontecer.

(POST)

Começou com coisas irrelevantes. Com rápidas ligações anônimas. Eu acho mesmo que a adrenalina é o tipo de coisa que vicia. O pulo que o coração dava no intervalo entre o botão de chamar e o primeiro toque não era mais suficiente, quando então os minutos de silêncio na linha se prolongaram, e surgiram suspiros, risos, tosses. Surgiu a falta de um perigo maior, uma fascinação obsessiva pelo proibido. E sem uma sequência lógica, sem que eu pudesse perceber, a voz saiu; e manipulava. As mentiras saíam com uma naturalidade assustadora, o tom era suave e o sotaque diferente. A princípio, tudo correu bem, mas eu queria mais. O meu vício me cegou e eu fui em frente, mesmo arriscando valores, sentimentos, pessoas. O frio na barriga de ter tudo em jogo me impulsionava. Eu me arrisquei e não sei ainda as consequências dessa loucura. Eu menti, eu confundi, eu joguei. Eu gosto dessa sensação. O poder, o frio na barriga. Ser uma "ótima jogadora" me fez sentir uma emoção estranha que talvez tenha feito falta na minha vida esse tempo todo. Eu arrisquei tudo, mas e daí? Foi perfeito.

'Ora, ora, não seja tão ridículo, garoto. Essa sua conversinha tosca não me seduz. Eu não ligo pra quanto de braço você tem, ou pra quantas horas você passa na academia pra se sentir bem. Eu posso ter gostado do seu sorriso, mas ele morreu nas suas palavras bobas e não vai mais ter o mesmo brilho pra mim. A sua aparência não me diz mais nada agora, e o seu caráter me dá tédio. Tem que fazer muito mais do que isso pra me impressionar. Tem que ter muito mais do que isso para conquistar meu coração. E tem que ser muito mais do que isso pra fazer valer a pena de verdade.


'Vai, vai, vai, vai, sobe na mesa e fica no grau, vai misturando a tequila e limão com sal 


 'Acho que algumas coisas simplesmente tem que mudar. Não tem explicação, não adianta quebrar a cabeça. A vida caminha, e nos arrasta com ela, é preciso aceitar que muita coisa vai ficar pra trás. Muitos sorrisos, muitas lágrimas, muitas pessoas. Até mesmo uma parte de você vai ficando, enquanto você amadurece e toma pra si novas atitudes, novas caras, novas roupas, novos pensamentos. Acho que algumas coisas simplesmente tem que sair, pra deixar na prateleira da nossa vida espaço para tudo de novo que Deus enviar.

Eu acreditei que precisava me redimir. Acreditei que, em nome de tudo o que você passou, seria justo que eu sofresse. Achei que qualquer humilhação ainda seria insuficiente se tratando de você. Mas eu me enganei. Eu me enganei quando comparei as coisas dessa maneira, e quando achei que você merecesse tudo, merecesse o mundo, merecesse as minhas dores entregadas em uma bandeja. Você é apenas humano e eu apenas uma menina. Você não precisa da minha humilhação e nem eu do seu desprezo para consertar as coisas; se elas tivessem que ser consertadas, seria com uma conversa, com um abraço, seria com a felicidade que a gente não teve. Mas infelizmente o tempo leva com ele algumas possibilidades, e eu preciso aprender a aceitar isso. Tudo bem que desistir pode não diminuir a dor que pulsa aqui dentro, mas pode aumentar as chances de seguir em frente; pode preservar em você o último resquício de admiração pela pessoa que sou. Ou era.
Eu vou estar aqui, e não vou fugir se um dia tudo vier a tona novamente. Mas eu preciso cuidar de mim, e parar de esperar que você cuide. Se fosse ódio, se fosse mágoa, se fosse vingança, talvez fosse reversível. Mas essa sua indiferença ainda vai me matar se eu continuar olhando pra ela.

Eu preciso disso. Sei que pode parecer loucura, mas há uma chama queimando dentro de mim; Destruindo tudo, queimando, queimando, e eu preciso apagá-la. Preciso desse balde de água fria que se chama você. Preciso das luzes da cidade, do frio na barriga, da ansiedade se findando, pra ter paz, enfim. Eu vou correr atrás, eu vou lutar, eu vou fugir, mas eu vou viver esse sonho. Mesmo que ele dure pouco, a lembrança fica, e a lembrança é eterna.



(POST)

Eu tenho medo de que a saudade me impeça de seguir em frente. Tenho medo de viver diariamente mergulhada nessa dor que me consome a cada vez que preciso deixar algo para trás. Tenho medo da carência, que já conheço o efeito que provoca em mim. Medo do arrependimento, da mágoa, da solidão. Tenho medo de tudo. Medo de ter que carregar o pedo dessa decisão, e medo de assumir as consequências. É tão difícil seguir em frente quando precisamos deixar um pedaço de nós para trás...
:\


" O que lhe fiz foi tão monstruoso assim? Sentes tanta dor quanto eu, e por isso quer que eu pague um preço tão alto? "
(Thiafra Cristiny)
Você já acordou pensando em alguém antes mesmo de abrir os olhos?

- Bom, acho que te pedir desculpas nem adianta mais né?

- Quem sabe, se você tentar. Mas você adora me magoar.

 - É, eu dou motivos pra você pensar isso de mim. Mas as coisas não são tão simples. Apesar de tudo, você é a primeira menina que amei de verdade; mexeu com meu coração de uma forma tão intensa, que me deixa marca até hoje. Tudo que faço é por medo de você me esquecer. Isso também me faz sofrer. Entenda, eu queria guardar você em um lugar pra ninguém nunca te tocar, pra quando desse tudo certo eu pudesse ter você inteiramente minha. Só que não dá, infelizmente não dá. Eu só lamento por isso, por não poder te preservar me amando igual você me amava, não dá. A única coisa que tenho de você é isso que você sente por mim, que às vezes nem mesmo você sabe o que é.

- Eu saberia, se você deixasse. 

(POST)
Você foi a única que me amou. Que me entendeu realmente. Que me colocou no colo com verdade, com vontade de roubar minha dor. Você foi a única que me quis por perto mesmo com todos os meus defeitos, e ainda assim foi feliz. Foi a única que me abraçou com sinceridade enquanto tudo dentro de mim se despedaçava. Porque é que a vida teve que te afastar de mim? Porque é que quando tudo dói eu sinto que o único remédio era ter você por perto? Não importa o quanto tenhamos nos magoado, Pequena, eu te amo do mesmo jeito que te amei há 5 anos atrás. E não consigo suportar essa solidão de não ter com quem dividir a casa, a sala de aula, o riso, as histórias, as dores. Eu sinto falta daquele seu jeito de me entender o tempo todo, mesmo quando tudo parecia ridículo. Falta do seu jeito puro e sem ironia de me aconselhar. Não importa o quanto eu me esforce para tapar esse vazio, ele sempre vai engolir tudo, sempre vai estar intacto. E não importa quantas diferenças nos separem, continua sendo o mais sincero sentimento. Se eu pudesse eu juro que te colocava nas costas e te trazia comigo, eu te roubava mesmo, te colava em mim. Mas eu preciso respeitar o seu livre arbítrio e as suas dificuldades, mesmo que isso me doa mais que todas as outras dores que já provei. Eu sei que preciso respeitar a sua vida. Mas se eu pudesse, ah, se eu pudesse, eu te sequestrava, te enfiava na minha mochila, eu te fazia ficar por perto.

Jay Vaquer - Boys Don't Cry




Eu diria que estou arrependido, se achasse que isto faria você mudar de ideia.
Mas eu sei que desta vez eu falei demais, fui indelicado demais.
Eu tento rir disso tudo, cobrindo com mentiras,
Eu tento rir disso tudo, escondendo as lágrimas em meus olhos,
Pois garotos não choram, garotos não choram...
Eu me desmancharia aos seus pés, mendigaria seu perdão, imploraria a você,
Mas eu sei que é tarde demais; E agora não há nada que eu possa fazer.
Eu diria a você que te amava, se achasse que você ficaria.
Mas eu sei que é inútil, você foi embora.
Julguei mal seus limites, fiz você ir longe demais,
Te subestimei, não te dei valor, pensei que você precisasse mais de mim.
Agora eu faria qualquer coisa pra ter você de volta ao meu lado.
Mas eu só fico rindo, escondendo as lágrimas em meus olhos
Pois garotos não choram.

" (...) Correr atrás muitas vezes faz toda a diferença, e, em outras vezes, não faz diferença alguma. O jeito é deixar o tempo passar, engolir o choro, ou chorar sozinha, sem ficar ligando desesperadamente pra ninguém, porque o teu sofrimento, ele é só teu, e você terá que aprender a lidar com ele mais cedo ou mais tarde. Em algum dia da sua vida você vai se deparar com ele outra vez, e aí estará preparada (...)

Relembrar dos bons momentos? Ah, eu me lembro todos os dias, me sinto feliz, me sinto bem, sinto saudades; só não consigo conter o choro."


Thiafra Cristiny


Eu estou enlouquecendo. Você está me enlouquecendo. Estou cansada desse jogo idiota, dessas lágrimas inúteis, estou cansada de ser feita de palhaça o tempo inteiro. Você não sabe como dói estar de mãos atadas, isolada, querer falar e ter que ficar sufocada. Eu vou arrumar um jeito, eu vou dizer para o mundo todo. Eu vou pegar a estrada, eu vou bater na porta, eu vou gritar no meio da rua. Eu vou pirar, mas vou pirar na sua frente. Eu vou fazer você me ouvir.


(POST)



Ele tatuou meu nome. Não era permanente, mas significava muito mais do que parecia. Ele gravou na pele. Ele lembrou todo dia. Talvez eu não tenha dado o valor devido naquela época, mas hoje eu enxergo, e pra mim agora basta lembrar.
Ele tatuou o braço, eu tatuei o coração. A tatuagem dele desbotou até sumir, a minha aprofundou pra nunca mais sair.




(POST)

 
‘Eu tô carente desse teu abraço, desse teu amor que me deixa leve;
Eu tô carente desses olhos negros, desse teu sorriso branco feito neve;
Eu tô carente desse olhar que mata, dessa boca quente revirando tudo.
Tô com saudade dessa cara linda, me pedindo "fica só mais um segundo"...

Tô feito mato desejando a chuva, madrugada fria esperando o sol,
Tô tão carente feito um prisioneiro, vivo um pesadelo, beijo sem paixão...
Tô com vontade de enfrentar o mundo, ser pra sempre o guia do seu coração.
Sou a metade de um amor que vibra numa poesia em forma de canção.

Sem você, sou caçador sem caça
Sem você, a solidão me abraça
Sem você, sou menos que a metade
Sou incapacidade de viver por mim...
(Paula Fernandes)
'Sem você, a solidão me abraça ♫
'Ela deixou de entender o que é realmente especial pra mim. Não que eu esteja desvalorizando o gesto, foi lindo. Ela (ainda) não esqueceu o valor de um livro, do que ele representa pra nós, mas esqueceu o valor de um abraço daquele dia. Aquele dia que sempre foi uma espécie de ritual pra gente (ou pra mim). Tudo bem, as pessoas se esquecem as vezes. Eu ainda não esqueci, mas pretendo. Esse e tantos outros rituais que criei na minha imaginação e vivi sozinha, esse e tantos outros valores que agreguei a minha vida e procurei cultivar.
Pode ser que eu esteja sendo exigente demais, mas um dia foi completo, hoje não me contento com esse pedaço.

"O preço que se paga as vezes é alto demais.

É alta madrugada, já é tarde demais 
pra pedir perdão, pra fingir que não foi mal...
Uma luz se apaga no prédio em frente ao meu;
'sempre em frente', foi o conselho que ele me deu;
sem me avisar que iria ficar pra trás(...)
Pensei que era liberdade mas na verdade era só solidão."

(Engenheiros Do Hawaii)

Chute o balde ou morrerá afogado nele.
(Fabrício Carpinejar)

'Existe algo que não me inspira confiança, não consigo ver sinceridade naqueles olhos. Não confio nele. Sempre há alguma coisa que parece muito estranha. Não posso me arriscar a expressar essa opinião - seria suicídio social -, mas na verdade eu estou doida pra te ver livre dele. De longe eu tenho a impressão de que ele está dentro da sua cabeça, te ditando o que fazer; e, se não parecesse tão cruel, eu diria que prevejo uma tragédia pra essa história toda.
Permaneço calada, talvez eu esteja enganada; mas tem alguma coisa nele que me parece muito errada.
"Eu não sei mais o que é realidade, só sei que agora eu sinto tanta saudade!" 

- Faz alguma diferença agora?
- Pra mim não.
*Pra mim também não. Se não é com você, tanto faz.*


Eu permaneci acordada e esperei você ser o primeiro a se lembrar...
Mas não foi. Provavelmente você não acha romântico, nem importante, nem nada do tipo. E deixou pra depois, como de costume. Eu virei o travesseiro pra não dormir sobre o molhado das lágrimas, mas o que molhou por dentro de mim parece não secar há muito tempo. Eu sei que pareço precipitada e exagerada, mas só queria que você tivesse atitudes tão especiais quanto o lugar que reservei pra você no meu coração. Mas acontece, uma hora eu aprendo a reorganizar as minhas prioridades; Quem sabe você vai continuar com a ordem de sempre, com o desleixo de sempre, mas talvez eu já não ligue um dia. Por hoje só quero dormir.

Mais um aniversário, que indica mais um ano desde o último 3 de agosto.
É incrível olhar no espelho e ver exatamente a mesma imagem desgastada de um ano atrás. Ver que, mesmo depois de tantos caminhos disponíveis, eu permaneci aqui parada. Eu não estou exatamente satisfeita com o rumo que as coisas tomaram, eu preciso me renovar. Mas eu não perdi as esperanças, pois os caminhos não param de surgir. Dessa vez eu vou caminhar.