Já me acostumei com o toque contínuo e agudo que vem do outro lado da linha. Ele nunca muda. Ele toca, toca, toca, e nunca sua voz. Me acostumei com o silêncio dessa casa. Com meu telefone mudo em cima da cama, o barulho monótono da televisão, o chiado do computador ligado, e nunca sua voz. Me acostumei com a mesmice de não ter você. Me acomodei aqui nesse canto, com a sua imagem na memória e a saudade apertada no coração; Já fiquei íntima desse vazio e tô até acostumada com essa vontade louca de não fazer mais nada.

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