Ônibus

Sinto meu corpo se inclinar levemente para trás, e os postes começam a passar pela janela. Um a um. Espero ansiosamente que as luzes se apaguem e disfarcem as minhas lágrimas.
A música toca dentro dos meus ouvidos, fecho os olhos e me permito sentir.
É nessa penumbra que mergulho em meus pensamentos e as vezes me perco em mim - ou de mim-. Quando a luz da lua passa pela minha janela, ilumina meu rosto, e vejo meus olhos refletidos no vidro. Molhados.
Me recosto com calma em meu banco e um vento frio invade a fresta. Um arrepio. Gosto desse silêncio. Um suspiro fundo, e meus olhos continuam enxarcados.

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