"(...)Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele seja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro. Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente.” (Ana Jácomo)



Me desculpa se eu não soube te amar, se eu quis desistir de você, minha Pequena. Me perdoa se eu fui egoísta e não fui forte o suficiente pra caminhar do seu lado e suportar a sua dor. Me desculpa se não lutei o suficiente, se te deixei no meio do caminho. Eu ainda não sabia que não se deixa um amigo pra trás, a qualquer custo. Eu me magoei muito e achei que isso justificava tudo. Eu sofri muito, mas agora eu entendo que essa dor também é minha. E eu volto pra te buscar, Pequena, eu volto pro meu lugar. Eu volto pra te ajudar e nunca mais vou te abandonar.

2 comentários:

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  2. A jornada da vida não é fácil. Não foi sua culpa nosso afastamento. Você fez tudo o que pode pequena. Mas sei que dentro de nós, nada mudou. Nunca vai mudar. Somos almas gêmeas.

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