Perdida

Eu não tenho certeza sobre a minha inspiração hoje.
Ela parece existir, mas de repente some.
Eu começo a escrever, mas o desespero no meu peito bloqueia meu raciocínio e as frases saem ilógicas.
Eu não sei o que pensar sobre muita coisa.
Meu coração está confuso, o batimento, acelerado... Eu não consigo organizar os meus pensamentos, eles tentam me conduzir, mas os sentimentos me traem.
Ninguém nunca me ensinou a achar o caminho sozinha... Eu preciso de um colo, preciso de carinho, preciso de abrigo, preciso de um cafuné; Mas eu não tenho nada. Me agarro ao meu travesseiro e ele suporta minhas lágrimas, suporta que eu o sufoque, que eu o esmurre. Não reclama, não aconselha, não retribui, apenas suporta.
E eu já esqueci de limpar as lágrimas que escorrem pelo meu rosto, não me importo mais em escondê-las. Mesmo que elas cessem, meus olhos refletem a minha tristeza, e isso eu não consigo esconder.
Eu me sinto perdida, como se o chão fosse frágil e a qualquer momento pudesse desmoronar. Mas eu não tenho certeza... Eu não tenho certeza de nada.
Eu só quero achar o caminho, o caminho para que tudo pare de girar tão depressa e enfim possa fazer sentido.
Eu quero que a tal ficha caia logo, sim, eu quero.

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