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Eu não sei explicar o que estou sentindo. Uma mistura estranha de um turbilhão de sentimentos. Eu ouvi coisas que eu não esperava. Mas aconteceu. E meus olhos não derramaram um rio de lágrimas. E isso é mau, isso é péssimo. Pois quando me sinto assim, significa que a emoção foi tão grande que travou todas as reações do meu corpo, e tenho muito medo de emoções tão fortes.
Não faz sentido, ou faz. Não podia ser ele, mas era. E tudo o que consigo pensar são em coisas ruins. Um jogo! É só o que me vem. Uma alegria que ao tentar se manifestar é abafada pelo medo. Será que há alguma chance de ser real, de ser sincero?
Estou confusa. Como? Por que? E por que agora?
E o que isso realmente muda?
Minhas mãos ainda estão geladas, minhas pernas tremem involuntariamente. Estou com medo, e não me pergunte do quê.
Eu queria que essa lembrança parasse de girar para que eu pudesse analisar, mas ela não para! Ela gira cada vez mais rápido e fico tonta.
Acho que estou meio doente de você. Ou completamente.
Eu estava esperando patadas e fiquei com muita coisa entalada na garganta por culpa do susto. Ele bloqueou meu raciocínio.
E agora tantas coisas dançam na minha cabeça, mas eu sei: Você disse que me ama. Disse! E isso reluz como ouro em meio a tanta prata envelhecida. Você deu sua palavra e eu não vou esquecer.
A vida vai ficar muito turbulenta de hoje em diante, eu sei que vai ser difícil, mas eu não vou me esquecer da sua palavra.
Você finge muito bem, de alguma maneira, mas eu sei que finge. Pois uma das atitudes tem que ser de verdade então a outra foi muito bem dissimulada. E se tudo é um teatro maior ainda, parabéns, você é bom. Você é ótimo. Pois aqui está o resultado de algumas palavras suas depois de tanto desprezo: Eu, confusa e pensando em você. Eu, tão previsível, tentando decifrar os sinais tão complicados para descobrir até onde tudo isso pode ser sincero, até onde pode ser real.

(POST)

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