Histórias que a vida conta ²

Ele não era como um qualquer que se vê por aí.
Ele era diferente, ele era confuso, ele se deixava transparecer mas ao mesmo tempo era misterioso.
Ele era o contrário, contrário da paixão, mas nunca saberemos se o tal do seu amor por ela podia ser verdadeiro ou não.
Sem mimos, sem atenções, mas palavras isoladas e atitudes inesperadas.
Se era amor, era o amor mais incomum de todos.
Porque ele não era como qualquer um que se vê por aí por todos os lados.
Sempre tão seguro, parecia louco ao deixar transparecer um pouco de sentimento e incerteza.
E quando enlouquecia assim, enlouquecia também a cabeça dela.
Ele era inteligente, racional, centrado. Racionalizava os sentimentos.
Ela era louca, carente, impulsiva. Pirava, sentia, mas não queria entender.
O que eles tinham em comum? Talvez as diferenças...
E tão incompatíveis que eram, o destino brincou. Os manteve face a face, impediu a fuga.
Ele não era daquele que fugia do sentimento. Mas também não corria atrás. Simplesmente deixava lá, esperando que ela lapidasse e descobrisse se era intenso.
Ela era daquela que se jogava e arrependia, e depois jurava ser uma pessoa racional e evitar tudo isso.
Mas o destino continuou brincando, foi fechando o cerco, tornando-os cada vez mais dependentes de tentar decifrar o outro.
E nunca saberemos se o tal do amor dela por ele podia ser verdadeiro ou não, porque o destino teve a capacidade de brincar mais, e deixá-los PERTO o suficiente para não poderem estar JUNTOS, um dentro do outro;
E teve a capacidade de faze-los amigos o suficiente para não poderem passar disso.

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