Ora, menino, não seja tão ridículo. Não venha me dizer que nada aconteceu, não tente o mesmo truque de antes porque ele não funciona mais. Não repita o quanto você é bom e o quanto sou culpada por você não me amar. A questão não gira mais em torno disso. Quando eu reforço o quanto você é ruim, eu não falo do que não sentiu por mim. Falo do seu caráter. Da maneira ridícula como você mente sobre tudo, de como vive uma mentira. Do seu jeito sutil de manipular. Da sua mania frequente de agredir sutilmente com palavras quando se sente acuado. Eu te conheci o suficiente pra perceber a sua maneira crítica de olhar pra todo mundo, a sua falta de respeito com o próximo, principalmente com as mulheres. Eu vi você tratar as pessoas como lixo e não valorizar sua família e suas amizades. Te vi dar valor a coisas fúteis. Eu vi a sua falta de responsabilidade e a sua mania de superioridade. Eu falo da pessoa egoísta que você é.
Quando falo do que fez comigo talvez eu esteja mesmo incluindo as suas mentiras gritantes e suas traições. Mas também falo de como foi oportunista ao aproveitar da minha própria doença para me chantagear. De como insistiu pra que eu me apoiasse em você, sabendo de todas as atitudes que tinha que uma hora ou outra iriam agravar tudo o que eu estava passando. Falo da maneira como era grosso e cruel quando se sentia irritado, de como escolhia minhas confidências que mais me magoavam para me causar sofrimento. Eu falo do seu jeitinho de me fazer sentir culpada por erros que não eram meus, do seu jeito de me convencer o tempo todo que a minha vida era errada, que eu era errada, do quanto eu era ruim.
Então não venha com o seu joguinho de palavras, porque eles não vão mais funcionar comigo. Não tente fechar os olhos de quem já os abriu uma vez. Pode ficar aí, na sua bolha, se julgando muito íntegro. Fique com suas drogas e com sua droga de vida. Engana quem ainda acredita em você, que na vida é Deus quem cobra.

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