Eu não podia mais, eu fui forçada a escrever um ponto final. Mesmo sem ter certeza se eu realmente conseguiria. Mesmo sabendo o quanto isso me dói e o quanto vai doer por tempo indeterminado. Vou sentir saudade desse seu sorriso torto e da sua cara lerda. Saudade da pressão exata do seu abraço, e do seu cheirinho de roupa lavada e desodorante. Saudade do ritmo dos seus passos na escada e de te olhar dormir enquanto o sol invadia a sala. Saudade do formato do seu corpo e da maciez das suas costas, dos nossos banhos, do seu queixo e do seu gemido, do seu beijo molhado e das suas mãos na minha cintura.
É apenas o terceiro dia, e eu já morro de saudade das suas mensagens de bom dia e das suas piadas sem graça que me faziam rir até a barriga doer. Já sinto essa abstinência dolorida do doce da sua voz, dos nossos assuntos inacabáveis, do seu jeitinho de usar as palavras. Me tortura essa vontade de falar com você e de saber dos seus passos, de te ouvir contar sobre o seu dia e desabafar sobre os seus problemas. Já sinto tanta saudade da sua preocupação e do seu esforço em cuidar de mim. Apesar de todas as coisas ruins, são as boas que ficaram impregnadas nas minhas lembranças. Apesar de me martirizar ainda todos os dias pela frustração e pela dor das mágoas que passei, ainda suspiro com a lembrança do seu jeitinho moleque de ser. Sempre saudade, tanta saudade, maldita saudade...
Não abandono o costume de compartilhar minha vida com você. Ainda quero te contar quando acontece uma coisa boa, quando leio uma piada que me lembra você. Ainda quero te ligar pra dizer que assisti aquele filme. Não sei se um dia isso tudo vai passar.
É... É você. Dono das minhas histórias. Dono do sorriso torto e o protagonista do meu blog desde que te conheci. E ainda continua sendo. E apesar de tudo, a saudade continua aqui e sei que vai continuar ainda por um longo tempo. Apesar do fim, você ainda está em mim.

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