Ansiedade

Hoje o céu amanheceu pesado e escuro. Deixando cair pedacinhos sobre meu teto, me pareceu sereno, e o barulho embalou meu sono, cheio de sonhos e pesadelos.
Eu me reviro e desmonto pela semana, inundada de medos, desespero, solidão e suposições, mas quando vai se aproximando o final dela, é só em você que eu consigo pensar.
Meu coração se enche de esperanças, e a barriga sente o frio típico de paixão.
Como eu consigo, depois de mais de 10 meses, conservar a tão tosca melancolia de adolescente apaixonada?
Como eu consigo deixar que esse sentimento não se desgaste, e que os olhos continuem brilhando ao te ver, como se fosse o primeiro encontro?
Eu não sei.
Só sei que os minutos vão se arrastando, e como uma criança ansiosa eu tento não contar, tento me distrair, mas os pensamentos chegam depressa até você.
Da semana cheia de obrigações, dos dias cheios de medo e solidão, enfim chega minha válvula de escape. Enfim chega meu pedacinho lindo de fuga, enfim chega você.
Essa ansiedade boba de menina ingênua e apaixonada aquece meu coração, e por mais que seja imaturo ou insano, é isso que me faz feliz;
E, como se esperasse o papai noel depositar os presentes sob a árvore, eu conto as gotas de chuva enquanto espero meu presente (que fala, anda, beija e sente).
Mal vejo a hora de te abraçar, fechar os olhos, sentir o mundo parar, e poder dizer EU TE AMO.

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